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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ministro Orlando Silva sofre denúncia de corrupção

Por: Fábio Chaib

Titular da pasta do Esporte é acusado de receber grandes quantias de dinheiro de programa social
A revista "Veja" publicou denúncias de corrupção contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, que foi acusado de receber grandes quantias de dinheiro de um programa social do ministério, que dirige desde 2006. 
O desvio de fundos do programa Segundo Tempo, um projeto esportivo para crianças pobres, poderia chegar a R$ 40 milhões nos últimos oito anos, o que envolveria também ao antecessor de Silva, Agnelo Queiroz, atual governador do Distrito Federal.
A revista cita como fonte o policial João Dias Ferreira, correligionário de Silva no Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que está preso desde 2010 pelo desvio de dinheiro de uma ONG que recebia recursos do Ministério do Esporte.

De acordo com Ferreira, as ONGs recebiam os fundos do programa Segundo Tempo mediante o pagamento de uma taxa previamente negociada que podia chegar a 20% dos fundos, enquanto o PCdoB se encarregava de indicar as pessoas que forneceriam as faturas falsas para justificar a operação.

O mensageiro Célio Soares Pereira arrecadava o dinheiro das ONG com regularidade quase mensal e o entregava a pessoas próximas ao ministro.

Em uma ocasião, no ano de 2008, Pereira relata ter feito a entrega do dinheiro ao próprio Orlando Silva na garagem da sede do Ministério do Esporte.

"Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de R$ 50 e R$ 100", disse o mensageiro à revista "Veja".

O ministro enviou uma nota à revista na qual nega as acusações, que qualifica como falsas e anunciou que empreenderá ações legais contra os caluniadores.
Desde que Dilma Rousseff assumiu a Presidência em janeiro, seu gabinete perdeu cinco membros, quatro deles por denúncias de corrupção feitas pela imprensa.

As suspeitas de corrupção levaram a queda dos titulares da Casa Civil, Transportes, Agricultura e Turismo, enquanto o ex-ministro de Defesa, Nelson Jobim, renunciou por diferenças com o governo.

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